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segunda-feira, 25 de abril de 2011

CUIDADO COM O CANTO DA SEREIA

SEJAMOS PROPOSITIVOS NA DEFESA DO REUNI


A partir das medidas do governo Lula, os reitores das universidades federais, articulados pelo Ministério da Educação, criaram uma política de ampliação das vagas nas universidades federais.

Na UFMG, conforme os relatos dos representantes das gestões anteriores do DCE, foram criados os novos cursos do REUNI, num contexto de época de grandes dificuldades internas, ou seja, grupos internos eram contrários à implementação do Programa REUNI.

A partir da decisão republicana de ampliar as vagas, este processo de expansão das vagas e dos novos cursos teve início com a ocupação dos espaços e turnos ociosos, das salas vazias e da estrutura sub-utilizada. Recursos foram liberados e acordos realizados para a ampliação dos cursos e a implementação dos novos cursos.

No entanto, no momento atual, o que observamos são discursos díspares e ataques frontais a expansão das vagas e aos novos cursos criados, com um claro objetivo de atingir o Governo Federal.

Entidades Estudantis, Sindicatos de trabalhadores e setores conservadores da UFMG embarcaram num discurso falseado. As forças políticas, partidos políticos contrários ao Governo Federal, que estão por trás destes setores, apresentam em sua totalidade uma tática de uso discursivo irresponsável do Programa REUNI.

Esta "opinião" foi reafirmada no encontro de DA's e CA's que ocorreu na semana passada (FAFICH) e despertou-nos uma questão: não há problema em fazer oposição ao Governo Federal, o que é melindroso é utilizar as críticas ao REUNI (sutis e aparentemente sedutoras “por serem verdadeiras”), colocando em xeque todo o programa REUNI.

Uma coisa é o cumprimento mútuo dos acordos (Governo e Universidades Federais) para fortalecer os cursos e garantir a sua qualidade. Outra é querer atingir objetivos políticos partidários restritos, utilizando as dificuldades desta fase de implementação do Programa. Estas dificuldades foram semelhantes e até piores nas fases de implementação dos antigos cursos, hoje consolidados na UFMG.

Forças se opõem por questões partidárias. O Programa REUNI precisa dar conta de realizar este debate com estas forças, apontando a importância da continuidade da política de expansão das vagas e das diversas políticas de inclusão das minorias nas federais.

É importante apresentar à comunidade acadêmica os projetos de extensão, ensino e pesquisa embrionários dos novos cursos. E fortalecer os Grupos de Estudos e as demais iniciativas das coordenações, colegiados, professores e estudantes dos novos cursos. Reagir, apontando as perspectivas das produções acadêmicas dos novos cursos e sua importância para a universidade e para a população brasileira.

Não podemos descuidar. É fundamental que os discursos sejam responsáveis. E se faz necessário, a busca de um bom acordo do Governo Federal com as Universidades objetivando a preservação do REUNI. Existe espaços para diálogos (e para possíveis convergências) com os setores favoráveis à defesa da universidade federal de qualidade e da expansão do conhecimento a uma maior parcela da sociedade.

Ser ingênuo nesta história, significa abrir mão dos excelentes cursos criados pelo REUNI e brechas para retrocessos com viés ultraconservadores. Talvez seja conveniente para o Governo tomar medidas radicais e depositar o desgaste na conta dos “discurssistas incoerentes”.

Sejamos claros com os propósitos e então teremos espaços para a realização das lutas coerentes e necessárias para os tempos atuais. Os estudantes da UFMG devem separar o joio do trigo e se posicionarem para evitar o retrocesso. Esta política pública deve ser mantida pelo Estado brasileiro.

Davidson Luiz do Nascimento
Curso de Ciências do Estado
Faculdade de Direito – UFMG

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segunda-feira, 11 de abril de 2011